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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

20 de Outubro de 2015 - Penitenciária Adriano Marrey, Guarulhos.






"Moça, eu tenho um presente aqui, que eu fiz pra dar pra quem sentasse comigo na reunião de hoje. Como foi você, eu gostaria de te dar. Você aceita?"

Angelo Maximo de Oliveira Barbosa, 34 anos, preso por receptação de veículo roubado.

A arte, ele aprendeu na prisão. A linha, ele teve que comprar de outro detento. A 'esperança' que ele grafou ali é a maior arma que ele possui pra lutar contra a rotina sufocante e desumanizante do cárcere. A gratidão que ele demonstrou nesse pequeno ato é prova de que o cárcere precisa ser visto como parte integrante da sociedade, e não como parte isolada e ignorada, como acontece hoje.

Eles nos fizeram acreditar que ali dentro só existiam monstros. É difícil - pra não dizer incômodo - ver que ali existem também seres humanos.


MaVi


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